sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

66 Bistrô do Claude Troigros

Oi,

Nessas viagens ao Rio de Janeiro, não poderia deixar de conhecer o trabalho do Claude Troigros. Para quem não conhece, trata-se de um grande Chef francês. Sua família é proprietária de restaurantes na França e seu pai um reconhecido Chef na terra onde dita os padrões da alta gastronomia para o mundo todo.

Por aqui, além dos restaurantes e bistrôs que possui, ele conduz, sempre com seu sotaque engraçadíssimo, o programa Menu Confiança do GNT. Ele faz os "platos" "marravilhosos" e em seguida o Renato Machado, jornalista da Rede Globo e enólogo, tenta harmonizar com bons e inacessíveis vinhos.

Fomos lá, no 66 Bistrô, no bairro do Jardim Botânico... Expectativa grande. Demos de cara com o próprio Claude posando de freguês, numa mesa festiva onde almoçavam várias pessoas. Reconhecemos também o cantor Ivan Lins. Não, não tietei nenhum nem um nem o outro.

Os ambientes do bistrô: Um espaço cercado de jardins. Sofás longos de couro, cortinas à meia altura e iluminação suave. Numa inda e vinda ao banheiro vi que nas paredes tem assinaturas de clientes ditos famosos, a maioria globais. O clima, ao contrário do que se imagina, é bem informal. Pude ver no menu que a proposta é a realização da culinária clássica dos bistrôs franceses, mas isso eu sei só de ler mesmo tá? Um dia ainda vou conhecer os bistrôs parisienses bem de perto, ao lado de uma boa companhia, claro.

Vimos lá que o almoço de terça à sexta funciona com bufê a R$ 34,00 incluindo saladas, quiches, carpaccios e uma opção de grelhado com acompanhamento à escolha. Dei sorte de ir num sábado, então pudemos desfrutar do atendimento clássico de um bistrô. No cardápio, vários "menus" que são as opções compostas de entrada até a sobremesa, devidamente harmonizadas, mas como o próprio ambiente informal sugere, pode-se pedir livremente entrada, prato principal e
sobremesa, sem falar das sugestões e prato do dia.

Para entrada pedimos um Steak Tartare, um prato feito de carne moída crua. Muito bom, campeão mesmo. Prato principal: Fui de Costelinha de Porco ao molho barbecue com batatinha (crisp 66). Excelente! A carne no ponto ideal, muito bem temperada. Ela foi de salmão com arroz croc croc. Claro que provei né! Também muito bom! Sobremesa: Crème brûlée claro!

Regamos isso tudo com um Rosé geladinho. Esse foi o escolhido, pois seria um vinho que combinaria com todos os pratos que pedimos. Infelizmente não lembro o nome, mas posso garantir que não se tratava de um vinho trivial, até pelo preço também (hehehehe).

Enfim, valeu a experiência. Chegando no Rio, não deixe de ir.

Abraço

domingo, 27 de janeiro de 2008

Comfort food de Filé Mignon?!?!


Oi,

A expressão Comfort Food é usada na cozinha internacional para denominar pratos caseiros, pratos simples e tradicionais como sopa de legumes, canja de galinha e arroz com bife. Seria a comida fácil de fazer, do dia-a-dia.

Acho que encontrei uma nova denominação para Comfort Food. Hoje amanheci precisando de conforto para a alma. Conforto para me ajudar atravessar essa longa e difícil fase da minha vida, conforto para aquietar a melancolia e a saudade de estar abraçado. Nada melhor do que ir pra cozinha né, e desfrutar da alquimia da culinária... Esse "namoro", que começou há pouco tempo, vem me ajudando muito e hoje foi decisivo. Sim, foi um almoço mesa para um.

Mergulhei hoje na cozinha, em meio a panelas e temperos, para criar. Então escolhi um ingrediente onde é possível "viajar" bastante: O velho e bom Filet Mignon. Tinha comprado há poucos dias uma peça bem limpinha e havia pedido ao açogueiro para fazer os medalhões. Para quem não sabe como se obtém aquela forma redondinha dos meldalhões, é o seguinte: o açogueiro, depois de limpar toda a peça, envolve-a em filme plástico prensando de maneira que a carne fique em forma de um longo cilindro. Depois desse processo a peça é cortada em seções de 3 a 4cm de altura obtendo-se assim os medalhões.

Temperei 2 medalhões com sal e pimenta. Num saquinho de freezer coloquei os filés com o suco de uma laranja, mais 4 colheres de mel karo, mais 3 colheres de alcaparras, mais uma pitada generosa de alecrim desidratado e 4 dentes de alhos levemente amassados (não são picados) com casca e tudo. Fechei o saco e dei uma misturada amassando o saco levemente. Cuidado para não tirar a forma dos medalhões. Deixei marinar por 1 hora.

Retirei os filés do saquinho e os dentes de alho e dourei tudo numa frigideira grande com azeite. Em seguida adicionei a mistura do saquinho com um copo de vinho tinto e deixei reduzir até a consistência de molho. Finalizei com uma colher de manteiga para aveludar. Atenção: Como gosto de filé mal passado, retirei-os da frigideira pouco tempo depois que coloquei a mistura do saco e o vinho. Caso você goste da carne ao pouco ou bem passada, deixe os filés por mais tempo no processo de redução do molho.

Sirva com arroz ou espaguete ou salada de batata. Eu comi com arroz feitinho na hora, decorado com cebola roxa.

Fiquei muito contente com o resultado. A carne e o molho ficaram deliciosos e combinaram muito bem. Os dentes de alho, ao contrário do que se pensa, ficam bem gostosos mesmo inteiros. Agora, além de saciado, sinto-me confortado e feliz.

Abraço
"Uma receita é apenas um guia, palavras num pedaço de papel, um ponto de partida para a improvisação. Uma receita não pode substituir a mão da experiência e o vislumbre de um cozinheiro astuto. Por essa razão, sinta-se à vontade para cozinhar suas próprias idéias em um prato. Quando você concebe uma vez, aquilo torna-se seu, então personalize um pouco, adicione um pouco mais de um ingrediente que você gosta ou menos de um que você não gosta, tente substituir um ingrediente por outro. Lembre-se, palavras não tem sabor, então dê o seu toque, sempre! "

Michael Smith
Chef Canadense

O Autor

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Fortaleza, CE, Brazil
De profissão sou gerente de projetos. Interesso-me bastante por Processos de Gestão em TI, mas isso tudo só acontece nas horas vagas (brincadeira, adoro meu trabalho). Meu "tempo" principal é dedicado aos meus queridos filhos, o tênis, um pokerzinho e a nova paixão: a culinária. Meu querido e saudoso pai e, depois, minha maravilhosa vó foram os responsáveis. Sinto-me mais perto deles em cada exercício dessa alquimia maravilhosa.